A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) recebeu, esta sexta-feira, um comunicado interno de última hora por parte da FIFA, a que o SAPO Desporto teve acesso, alertando para problemas no processo de naturalização de Otávio.
O jogador do FC Porto, nascido no Brasil, obteve a cidadania portuguesa em 2020 e foi chamado pela primeira vez à seleção nacional por Fernando Santos no ano seguinte.
Otávio, que foi o oitavo jogador naturalizado a vestir a camisola da seleção portuguesa de futebol, alinhou nas camadas jovens do Brasil e a FIFA entende agora que o escalão sub-20 o impede de representar outra seleção, uma vez que essa mesma alteração das regras ainda não estava ratificada pelo organismo à data do processo.
A FIFA já fez chegar à FPF a informação de que o processo de resolução está a decorrer, mas o resultado não sairá antes do início de junho, havendo a possibilidade de Portugal ser excluído do Mundial2022. Apesar de ser um cenário pouco provável, uma vez que se trata de um ilegalidade conjunta (tanto da FPF como da FIFA), a solução imediata passa por manter a campeã europeia de 2016 no sorteio que se realiza hoje no Qatar, para determinar os grupos para o Mundial2022, mas com uma agravante.
Portugal vai deixar de ser cabeça de série, logo no Pote 1 (onde estão teoricamente as melhores seleções segundo o ranking da FIFA), e passar diretamente para o Pote 4.
O Pote 4 ainda não está fechado, ficando a faltar conhecer três seleções, que vão sair dos ‘play-offs’ europeus (País de Gales, Escócia ou Ucrânia), do confronto entre Ásia (Austrália ou Emirados Árabes Unidos) e América do Sul (Peru) e entre Oceânia (Nova Zelândia) e América do Norte e Centro (Costa Rica).
As 32 seleções finalistas do Mundial2022 serão distribuídas por oito grupos de quatro equipas (designados pelas letras A a H), compostos por uma formação proveniente de cada pote constituído com base no ranking da FIFA de hoje, com a obrigatoriedade de o Qatar ficar na posição um do Grupo A.
As restantes sete seleções do pote 1 serão sorteadas na primeira posição das restantes ‘poules’ e nenhum grupo poderá ter mais do que um representante de cada continente, à exceção da Europa, que apura 13 equipas e poderá ter, no máximo, duas formações no mesmo agrupamento.
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